domingo, 2 de outubro de 2011

Bem-vindos


Sejam bem-vindos ao blog da Secretaria Municipal de Juventude do PT de Prudentópolis - PR.

A secretaria de juventude foi criada no dia 1º de outubro deste ano, na câmara de vereadores de Prudentópolis, com a presença do presidente do Partido em Prudentópolis, Joao Raimundo Carvalho e do vereador presidente da câmara Dr. Canderói Mainardes Filho.
Na reunião foram nomeados Carlos Alexandre Castanha como Secretário Municipal, Caroline Cardoso Carvalho como Secretária Geral, Além dos companheiros Jr. e Joílson.




POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE: O QUE JUSTIFICA A IMPORTÂNCIA DO TEMA?*
Não há pesquisas que possibilitem um diagnóstico da realidade juvenil a partir dos estados e municipios.
Para fins metodológicos juventude compreende uma faixa etária que vai dos 15 aos 29 anos.
Três elementos principais apontam a urgência das Políticas Públicas de Juventude bem como a necessidade de se debater com mais profundidade o tema.

a) A Quantidade Populacional

É a maior da história demográfica do país a quantidade de jovens na população brasileira.
Os dados estatísticos revelam que:
  • Na faixa de 15 a 29 são 50,5 milhões de jovens, um quarto da população brasileira (IBGE, 2000).
  • O Brasil é o 5º país do mundo no volume de jovens na população e é responsável por 50% dos jovens da América Latina e 80% do Cone Sul.
  • 2000 a 2010 foi considerada a década da população jovem mundial pela ONU.
No final da década de 70 e início da década de 80 houve um grande número de nascimentos. Este fenômeno populacional aumentou a exclusão já existente e aprofundou a crise do Estado, que não consegue amparar todos os cidadãos.

A consequência desse processo é o agravamento da falta de educação, saúde, emprego, acesso à cultura, ao lazer, ao esporte e outros, e que atingem, principalmente, o contingente populacional jovem.


b) A Exclusão Social

O segundo motivo que justifica discutir juventude é o fato dessa parcela da população sofrer drasticamente as consequênciasda exclusão social.

A ausência histórica do Estado em assistir essa população também é outro agravante da precariedade da condição juvenil.

A prova desta condição de exclusão é apontada nos seguintes dados:
  • 31% dos jovens podem ser considerados miseráveis, pois possuem renda per capita inferior a meio salário mínimo (IPEA, 2003)
  • Quase a metade dos desempregados do país é jovem (IBGE, 2007)
  • Em média, os trabalhadores jovens ganham menos das metade do que ganham os adultos (PNAD, 2006)
  • 2/3 da população carcerária do país são de jovens.
  • 66% estão fora de salas de aula. Ou seja, não estão estudando (IPEA, 2008)
  • Apenas 48% dos (as) que têm 17 e 18 anos estão estudando no ensino médio
  • Apenas 13% estão cursando ensino superior.
  • 4,5 milhões de jovens não trabalham e não estudam. (PNAD, 2003)
  • 1,3 milhões de jovens são analfabetos (PNAD, 2003)
 A partir dessas informações se pode concluir que os jovens, hoje, são a parcela da população mais vulnerável à pobreza e a menos protegida pelos direitos fundamentais. A consequência direta destas estatísticas é apontada numa pesquisa mundial realizada pela ONU, através da Unicef, em 1999. O estudo demonstra que a juventude brasileira é a segunda no ranking do pessimismo, ficando atrás somente da juventude da Colômbia. Esta constatação revela que de cada 10 jovens brasileiros 7 acreditam que terão piores condições de vida que seus pais.

Esses motivos tornam urgente a discussão do tema e, a partir disso, começar a construir alternativas para devolver a essa parcela da população a esperança.


c) Os Elevados Índices de Desemprego


Além dos fatores demográficos, o alto índice de desemprego atinge de forma brutala juventude. As consequências da crise econômica mundial dos anos 70 e alterações no mundo do trabalho, em especial a chamada "reestruturação produtiva", causaram uma elevção bastante significativa do desemprego entre os anos 80 e 90. Essa tendência que se verificou em todo o mundo atingiu níveis absurdos na década de 90 no Brasil graças às políticas neoliberais implementadas desde o governo Collor até os 8 anos de FHC. O desemprego aumentou no Brasil muito acimadas médias mundiais, o que por sua vez gerou um grande problema de inserção ocupacional da juventude, ou seja, dos novos trabalhadores.

Tanto os índices do desemprego são maiores entre os jovens, como em média as formas de emprego são mais precárias e os salários menores.

O desemprego chega a 43% na faixa etária dos 10 aos 17 anos (jovens e adolescentes) - parcela significativa de força e trabalho em todos os países latino-americanos - e 25% entre os jovens de 18 a 24 anos (1 em cada 4). Entre a faixa etária de 25 a 39 anos, que atingem jovens e não jovens, o índice cai para 12,6% e fica em 8% entre as pessoas com mais de 40 anos. O problema do desemprego é ainda pior em se tratando de jovens negros, de baixa renda e de baixa escolaridade.

* Extraído e adaptado do Caderno de Formação para a Juventude - Secretaria de Formação Política do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores do Paraná - 2009

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